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Este final de tempos, temos
diante de nós, o triste quadro
estatístico do crescimento da violência e do desrespeito aos direitos humanos.
O homem, apesar de ser um “ser” racional, se comporta como uma besta-fera, o
qual, sem misericórdia, dizima e abate seu próximo. Como Igreja, temos o
desafio de nos posicionar contra este terrível conflito social, que tem hoje
deixado as pessoas com muito medo e propensas a tornarem-se insensíveis e
cínicas ao mal que nos assola.
Jesus
disse que “nisto conhecereis que sois meus discípulos, se tivermos amor uns
pelos outros...” (Jo.13.35). A maior marca do discípulo, daquele que segue a
Jesus é o amor. O apóstolo Paulo em seu tratado sobre o amor em 1 Coríntios 13,
diz que o amor é benigno, é paciente, não é ciumento, não procura seus
interesses, não é soberbo, etc. O amor deve ser a maior marca de uma igreja.
Amar quem nos ama, já não tem sido muito fácil, imaginem, amar nossos inimigos.
Não é fácil amar as pessoas que nos incomodam, que nos fazem mal. Amar nestas
circunstâncias de inimizade, é uma linda demonstração de como o caráter de
Jesus está sendo formado em nós; é uma demonstração de como a vida de Jesus,
deixa em nós traços de excelência e misericórdia.
Amados,
se quisermos influenciar o mundo necessitamos ser mais sensíveis aos nossos
“domésticos”, e neste grupo está incluído, nossa família e nossos irmãos da
Igreja. É uma incoerência dizer que estamos dispostos a amar os perdidos, se
não conseguimos amar aqueles nos quais comungamos semanalmente. Note, que na
Igreja Primitiva, além da Palavra e da Oração, eles tinham como marca
distintiva, a Comunhão. Uma comunhão viva, alegre, contagiante e autêntica.
Aqueles crentes atraíam a simpatia de todo o povo, porque eles se amavam. Não
era algo forçado, imposto, mas era uma prática espontânea, fruto do amor e da
misericórdia de Deus, em suas vidas. O amor e a comunhão são elementos
provenientes da graça preciosa de Jesus Cristo em nossas vidas. Nos amamos,
porque Ele nos amou primeiro. Quem ama é nascido de Deus, pois nele está a
divina semente.
O cristão que tem um coração amoroso, não gosta de briga, de dissenções, de mostrar que é o “tal”; não gosta de partidarismos, não gosta do pecado, de injustiça, de divisão, pelo contrário, esta aberto e feliz em ser um agente promotor de comunhão, se depender dele, ele tem paz com todos os homens, sofre o dano, suporta o irmão mesmo como um “fardo”. Ser cristão maduro é estar aberto para o trato de Deus nas relações humanas, amando e considerando o nosso próximo superior a nós mesmos, o contrário a isto, cheira religiosidade, legalismo e hipocrisia.
Que
Deus nos dê a graça de experimentarmos em plenitude a vida em comunhão.
Comunhão com Deus, que naturalmente desemboca em comunhão com o próximo. Só
assim Deus ordenará a bênção e a vida para sempre. Que Deus nos ajude. Amém.
Rev.
Gilberto Pires de Moraes.
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