"E perseveravam na doutrina dos apóstolos
e na comunhão, no partir do pão e nas orações. 43 Em cada alma havia temor; e
muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos..."
At.2.42-43.
D
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epois da ressurreição e ascensão de
Jesus, os discípulos aguardavam com expectativa a promessa de derramamento do
Espírito Santo (At.1.8). No dia do Pentecoste a Igreja experimentou um poderoso
revestimento de poder, e a partir de então a ordem da “grande comissão” passou
a ser concretizada, de maneira que o evangelho se expandiu de Jerusalém até os
confins da Terra. A igreja cresceu, multiplicou.
O crescimento da Igreja foi
vertiginoso, e este crescimento se manifestou em cinco aspectos importantes, a
saber:
1) Crescimento Numérico (evangelização): o impacto da ressurreição de Jesus e do revestimento do poder do
Espírito Santo trouxe sobre a comunidade de discípulos um ardor evangelístico
empolgante (At.4.33). Os crentes testemunhavam com ousadia o evangelho de Jesus
Cristo. O estilo de vida dos crentes atraía a simpatia das pessoas. Todos
queriam ouvir e conhecer o “caminho”. Para crescermos precisamos evangelizar
com palavras e com atitudes. O discurso tem que vir acompanhado de uma vida
cristã relevante e atraente. O melhor evangelismo é pela amizade, e por meio de
um testemunho que traga impacto sobre a vida das pessoas.
2) Crescimento Orgânico (comunhão): A
igreja primitiva era uma igreja onde os crentes se alegravam em estar juntos.
Deus ordenava a benção sobre aquela comunidade, devido a intensão comunhão que
eles tinham uns com os outros. Diz o texto que “diariamente eles perseveravam
unanimes, partiam o pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria
e singeleza de coração” (At.2.46). Eles viviam um “intenso acampamento”, onde o
amor e a pratica dos mandamentos recíprocos (uns aos outros) era vivenciados.
Uma das faces lindas do crescimento da igreja é quando os amor dos crentes é
revelado no ambiente da comunhão. A comunhão da igreja exala um “perfume” que
atrai pecadores.
3) Crescimento Conceitual (ensino): O
crescimento da igreja primitiva não era “oba-oba”, tinha ensino, tinha
doutrina, tinha conhecimento teórico e prático de Deus. O ensino dos apóstolos
era levado a sério, havia perseverança no ensino. Uma igreja sem ensino está
fadada a heresia, ao engano e a toda sorte de meninices espirituais. Precisamos
trabalhar para ser uma igreja “bereana” (At.17.11), uma igreja que examine a
Escritura com avidez.
4) Crescimento Diaconal (serviço):
A igreja primitiva era uma igreja que servia a Deus, com dons, talentos e bens.
Não havia necessitados entre eles (At.4.34; At.6); cada crente servia a
comunidade com seus dons espirituais. Não estamos na igreja para sermos
servidos mas para servir e exercer ministérios para a glória de Deus.
5) Crescimento Sensitivo (adoração): Por
fim, a igreja tinha um crescimento sensitivo. Eles tinham consciência do Deus
que adoravam. Eles sabiam que este Deus era poderoso e digno de toda honra e
glória. Uma igreja que adora a Deus na beleza da Sua Santidade cumprirá o seu
chamado, vivendo e se movendo para a glória de Deus. Nossa maior missão é
adorar e enaltecer a pessoa bendita de Jesus Cristo, por meio de toda nossa
vida...
Que Deus nos dê a benção como crentes de crescermos individualmente, de
crescermos como família e como comunidade. Que estas áreas de crescimento sejam
buscadas por todos nós, visando a glória de Deus e a edificação de pessoas.
Rev. Gilberto Pires de Moraes.